Enquadramento
A relação entre a atividade agrícola e a meteorologia remonta aos primórdios civilizacionais, se durante milhares de anos o ser humano encetou movimentos migratórios, acompanhando as condições mais favoráveis à sua sobrevivência, de onde podemos destacar as condições climáticas, no processo evolutivo o ser humano conseguiu desafiar a natureza ao criar condições para tirar o máximo de proveito das potencialidades de um determinado ambiente.
É neste contexto que o conhecimento das variáveis climáticas, quer seja na ótica do diagnóstico, mas também de prognóstico, são cada vez mais determinantes no sucesso das atividades produtivas do sector agrícola e na sobrevivência da nossa espécie.
Atualmente um dos grandes desafiosdo setor agropecuário deriva da integração das novas tecnologias nas diversas fileiras do setor, pelo que se impõe a incorporação de dados e informação meteorológica e climatológica nos processos de apoio à tomada de decisão, nas componentes de planeamento e gestão.
Portugal, através do seu plano Estratégico da PAC, pretende melhorar o contexto do setor para a digitalização, aumentar a disponibilização gratuita de informação gerada no âmbito da administração pública, promover as condições para uma maior celeridade na decisão dos apoios ao investimento.
Em resposta, e tendo por base sinergias criadas entre as associações de agricultores das diversas fileiras e o IPMA, desenvolveu-se um novo conceito de ‘boletim agroclimático’ que, em face dos novos desafios colocados ao sector, se pretendeu ser mais inovador e tecnológico quer em termos das fontes de dados utilizadas, mas também na forma de disponibilização de informação.
Este novo conceito ‘boletim agroclimático’ está acessível através desta plataforma digital que incorpora informação detalhada para as diversas regiões do Pais, agregada pelas diversas Unidades Territoriais e áreas agrícolas, com base em dados diários de observação meteorológica da rede do IPMA (in situ e remota) e de previsão numérica do tempo (modelo numérico).